quarta-feira, 27 de abril de 2022

Como cientista posso afirmar que a homossexualidade não é inata

O Dr. Jokin de Irala, médico e investigador da Universidade de Navarra, explica que a exclusão desta conduta do manual de doenças da APA só aconteceu por simples votação. Questiona o facto de que todos aqueles que criticam o fenómeno sejam considerados homofóbico.

O médico, mestre em saúde pública e especializado em afectividade e sexualidade humana, aponta na entrevista a necessidade de passar para o plano cientifico o debate sobre a homossexualidade. Afirma que ela é um desenvolvimento inadequado da identidade sexual e assegura que é possível a mudança da conduta daqueles que se sentem atraídos por pessoas do mesmo sexo.

- Há alguma prova científica de que se nasce homossexual?

- Como cientista diria que a homossexualidade se faz, não é inata. Tem que se dizer que efectivamente não existe nenhuma evidencia cientifica que prove a teoria genética da homossexualidade ou que ela possa ser inata. Os especialistas em homossexualidade que trabalham em associações científicas como a NARTH nos EUA (associação nacional de investigação e terapia da homossexualidade) afirmam que se trata de um desenvolvimento inadequado da identidade homossexual. Assim, deveríamos pelo menos aceitar que o debate científico sobre este tema possa continuar a existir.

- Onde nasce a corrente de pensamento que afirma que é uma opção sexual normal?

- Esta ideia de que uma pessoa nasce homossexual tem a sua origem nos anos 70 quando os ativistas da homossexualidade nos EUA fizeram um grande lobby para que a APA, a Associação Americana de Psiquiatras, tirasse esse assunto do manual de classificação de doenças. Assim, houve uma votação em que votaram 25% dos membros, cujo resultado foi de 69% a favor de retirar a homossexualidade dessa lista. Que eu saiba, é o único exemplo na medicina onde se decide se algo é ou não uma doença através de uma simples votação de quem assiste a uma reunião. Imagine que se fazia uma votação na sociedade espanhola de endocrinologia para se votar a favor ou contra o facto de que a obesidade é um problema de saúde. Isto não tem precedentes. O que temos que fazer é analisar o problema com estudos científicos. 

- É uma conduta que pode ser alterada?

- Há dados científicos, estudos publicados em revistas científicas que mostram que a homossexualidade se pode mudar com uma terapia adequada, inclusive nos EUA onde há associações de ex gays. Muitos deles protestam porque dizem que estes grupos de ativistas não deixam que se saiba que a mudança é possível. Não só não deixam que se saiba como não admitem que alguém possa livremente pedir ajuda. Há, por exemplo, o caso de um juiz de Lombardía (Italia) que declarou ilegal ajudar um homossexual, mesmo que ele peça livremente. Isto é inacreditável. É um atentado contra a autonomia do paciente.

- Em que se baseiam?

- Afirmam que a terapia é quase uma tortura, traumática, com choques elétricos. No entanto, não tem nada a ver com isto, o tratamento é basicamente uma psicoterapia. Não se pode impedir que as pessoas escolham livremente pedir ajuda. Mas é preciso dizer que hoje se utiliza o termo AMS para identificar a atração por pessoas do mesmo sexo, porque uma coisa é alguém se sentir atraído por pessoas do mesmo sexo, outra é que alguém, por causa dessas atrações, acabe a ter relações sexuais de tipo homossexual. O facto de que alguém se sinta traído não significa que seja homossexual, de todo. Aliás, hoje em dia, com o ambiente pró-homossexual envolvente e com a cultura que existe, há muitos casos de jovens que simplesmente têm uma confusão e pedem ajuda.

- Quais seriam as causas desta conduta?

- Há muitas causas possíveis, mas parece que a maioria dos casos de homossexualidade está na falta de identificação com a figura de homem ou de mulher da família. É muito comum o panorama do pai autoritário, passivo, ausente da vida de um rapaz que é sensível e perfecionista; ou de uma mãe muito possessiva do ponto de vista emocional. Este é um dos maiores caminhos que leva à homossexualidade.

- Há outras?

- Outro caminho que é visto em conjunto com este é aquele em que esse rapaz, por exemplo, sensível- o que não é uma coisa má-, é rejeitado na escola pelos do seu sexo devido a essa sensibilidade. Esta rejeição pode conduzir a uma diminuição da autoestima e, por conseguinte, quando chega à puberdade, a uma orientação homossexual. Outra causa é a conhecida ambiguidade da identidade sexual nos adolescentes. É normal que um adolescente, rapaz ou rapariga, possa ter dúvidas sobre a sua identidade sexual, mas essa ambiguidade, bem agarrada, fortalecendo a identidade masculina ou femininas dos jovens, não traz problemas, leva à heterossexualidade. O problema atual é que isto está a ser mal levado e diz-se a esse jovem que o que tem de fazer é “sair do armário”.

- Há problemas de saúde ligados à homossexualidade?

- Sim, a atividade sexual de tipo homossexual acarreta problemas de saúde, alguns dos quais são específicos. Para além dos problemas associados à promiscuidade sexual e às infeções de transmissão sexual, que também há entre heterossexuais promíscuos, existem problemas associados à utilização dos órgãos sexuais sem ter em consideração que o seu “desenho” está orientado à complementaridade entre homem e mulher. 

- Porque é que apesar dos dados científicos se continua a negar o problema?

- Há muitas razões. A primeira é que há desinformação. Muitos profissionais não trabalham com estes dados e só têm em conta o manual da APA. Depois estão as ideologias, os interesses económicos e a realidade do medo. Há profissionais que sabem disto, mas o preço que têm de pagar por afirmá-lo é muito caro. Se em Espanha um psiquiatra pusesse numa placa que é terapeuta da homossexualidade o óbvio é que lhe queimassem a porta do seu consultório podendo acabar sem clientes.

- Onde estaria o equilíbrio?

- O equilíbrio está em reivindicar um respeito incondicional por todas as pessoas com sentimentos homossexuais. Teria que se compatibilizar a ciência com o respeito pela liberdade; deve ser possível o debate científico sobre o tema. Deveria haver a possibilidade de eu, como cientista, poder dar a minha opinião sobre a homossexualidade sem que me chamassem homofóbico só porque tenho uma postura contrária à das organizações gays. 

- Há também muito sentimentalismo neste tema…

- Efectivamente. Por isso é preciso tirar este assunto do sentimento e do afeto. Há quem lhe diga: “O meu filho homossexual é boa pessoa e eu amo-o”. Claro que sim, e está certo, mas isso não tem nada a ver com o que estamos a falar. Não é uma questão de ser boa ou má pessoa, não é uma questão de sentimento. Tu podes e deves amar muito o teu filho homossexual; agora, isso não quer dizer que não possas mostrar que a tua opinião é que tem um problema e que há uma solução possível. É como se o debate sobre os diabetes fosse sobre se os diabéticos são ou não boas pessoas, pois isto é levar o debate para o sentimentalismo.

- Todavia, há medo de discriminar.

-Claro que a discriminação é uma barbaridade, mas isso não quer dizer que tenham o direito de adoptar (Nota de edição: a adopção não é um direito universal. Os adoptados, sim, têm direito a ter pai e mãe, e os candidatos a adoptar devem cumprir certas condições. Nem sequer todos os heterossexuais têm o direito de adoptar), por exemplo. Há que não misturar, este é outro problema. O problema é que hoje se tenta etiquetar de homofóbico qualquer pessoa que simplesmente não tenha a mesma visão da linha da homossexualidade política.

in conapfam.pe


blogger

12 comentários:

Unknown disse...

É aonde ta o artigo original , gostaria de dar uma lida , pode serem espanhol. Obrigado.

João Silveira disse...

Aqui está: http://conapfam.pe/2016/08/16/desde-espana-como-cientifico-puedo-afirmar-que-la-homosexualidad-se-hace-dr-jokin-de-irala/

Anabela Jalles disse...

Não dá para generalizar e meter todo o mundo no mesmo saco. Há inúmeras causas para a homossexualidade e sim muitos são os casos que provêm do ambiente social e emocional em que o indivíduo está inserido. Muitos outros quase que podemos dizer que trazem consigo a predisposição a..., muitos outros por simples experiência, etc., etc., etc. É sem duvida um tema vasto e sensivel e longe de ser uma doença, apesar de poder provocar algumas.

Anónimo disse...

Mas como cientista também sabe que todas as afirmações tem de ser baseadas em provas, que provas tem?! Poucas é sem grande fundamento científico. Mais um pseudo cientista a querer atenção às custas de assuntos controversos. Nesse caso pergunto, a homossexualidade no reino animal também é adquirida?!

Anónimo disse...

É cientista? Define o conceito de homossexualidade baseado em meras opiniões e não em factos... Opiniões essas todos temos...as relações sexuais são expressões... a anatomia dos órgãos sexuais têm por base a penetracão vaginal...e os heterossexuais também não têm como prática comum o sexo anal? Deixem as pessoas viverem em paz...desejos são desejos...comparar a homossexualidade como uma patologia diabetes é que não...vergonhoso senhor cientista

Unknown disse...

A termo correto para a homossexualidade seria honofilia (atração por pessoa do mesmo sexo).Se há algo genético seria a carga hormonal desequilibrada.
Governos e grupos apoiam e incentivam essa prática como meio de controle populacional.

Unknown disse...

Governos e instituições apoiam isso como meio de controle populacional, não ocupar o sistema de saúde e ainda criar mais um grupo seccionado como curral eleitoral e fonte de renda.
Porque quem faz sexo com animal é zoofilia e quem faz com pessoa do mesmo sexo não é homofilia?
Quem está feliz com essa situação a gente respeita mas se quer sair precisa encontrar apoio científico.

Marcelino Pachuczki disse...

Nossa, quanto liberal comentando aqui. Liberalismo é pecado, assim como o assunto desta postagem.

Maria José Martins disse...


Resumindo e concluindo, inata ou não, é contranatura. E tudo, o que assim é, deriva de um desequilibrio inicial, provocado seja lá pelo que for. Daí, a necessidade da tal HUMILDADE e FÉ, que se EXIGEM àqueles que ACREDITAM e QUEREM OBDECER a DEUS, porque têm OBRIGAÇÃO de saber, que Ele TUDO Criou Perfeito:"Homem e mulher os Criou Deus e os abençoou..." Génises 5-2.
Logo, isto só prova, a decadência em que se encontra a nossa Sociedade e o quanto se afastou e, até, NEGA Deus! Tudo tem um princípio...nada acontece de um dia para o outro. E sem querer julgar ninguém, pois até acredito no sofrimento de muitos homossexuais,NUNCA, em tempo algum, a Igreja pode incentivá-los a prosseguir no PECADO...Todos sabemos, que a Conversão, para qualquer dependência, EXIGE muita entrega e, talvez, muito sofrimento...Mas, o papel da Igreja não é SALVAR?
Que nos diz Jesus? Se a tua mão direita for para ti ocasião de pecado...corta-a! É preferível entrares sem uma mão, sem um pé, sem os olhos...no Céu, do que inteiro no Inferno--Evangelho, segundo S. Mateus--

Eduardo disse...

Interessante artigo! O caso do homossexualismo e outros como, por exemplo, o aborto, a anticoncepção, e outros enquadra-se naquilo que Lopez Quintas define como modelação das mentes:" numa primeira etapa o manipulador tenta desarticular a mente das pessoas, despojá-las da sua forma de pensar, de abordar os temas, de ajuizar sobre as questões básicas da existência, mudando-a para outra adequada aos próprios fins...é um trabalho metodológico, não doutrinal; pretende conseguir que as pessoas orientem o seu espírito de tal forma que estejam dispostas a assimilar determinadas doutrinas e adoptar certas atitudes...num sistema democrático...faz-se de forma escondida para não ferir susceptibilidades...o demagogo apoia-se na ideia fundamental de que a realidade é mutável e de que nada está feito de uma vez por todas...se a realidade flui, como se diz, tudo muda sem cessar, por lei natural..."
Eu que já vou andando por aqui há vários anos e estive particularmente atento aos anos 60 e setenta do século passado, não posso estar mais de acordo com o que por aqui se diz!

Maria José Martins disse...


Completamente de acordo, Eduardo.
Também já li algo igual num Artigo sobre "Engenharia Social"...
Só que, como as pessoas nem se dão conta de que tudo isso é propositado. Assim, deixam-se manipular, e, hoje, é o que se vê: sem a Grande Referência que é Deus e a Sua Doutrina, a Sociedade caminha para o abismo, "batendo palmas ao carrasco"... como já alguém disse!

Maria José Martins disse...


Completamente de acordo, Eduardo.
Também já li algo igual num Artigo sobre "Engenharia Social"...
Só que, as pessoas nem se dão conta de que tudo isso é propositado. Assim, deixam-se manipular, e, hoje, é o que se vê: sem a Grande Referência que é Deus e a Sua Doutrina, a Sociedade caminha para o abismo, "batendo palmas ao carrasco"... como já alguém disse!