domingo, 5 de outubro de 2014

"Comungar não é algo que eu faço porque gosto" - D. Manuel Clemente

O nosso amado e querido Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, está de viagem a Roma para participar, a convite do Santo Padre, no Sínodo dos Bispos pela família. A RR entrevistou-o e o Senza deixa aqui a última pergunta.
A entrevista completa pode ser encontrada aqui.



Por que é que a Igreja recusa os sacramentos a quem se encontra nessas situações [de uniões irregulares]? 

D. Manuel: Tem a ver com a globalidade da vida sacramental. Os sacramentos estão formulados em sete, mas esses sete sacramentos são momentos de uma realidade sacramental única. 

Não podemos olhar um momento sacramental fora do conjunto. A Eucaristia é o sacramento central, é o sacramento em que nos alimentamos do próprio Cristo para aprofundar essa comunhão com Ele e nele com Deus, Pai, e com os outros. 

Nesta relação com os outros, no caso do sacramento do matrimónio, os “outros” são aqueles esposos, que sacramentalmente se uniram, pela graça do mesmo Jesus Cristo para se amarem, diz São Paulo, como Cristo ama a Igreja e se entrega por ela. Se há uma ruptura grave aqui há uma ruptura sacramental no seu todo. Portanto, sem ela se curar aqui, nesta ruptura do um com o outro, como é que se vai representar na Eucaristia, que significa a comunhão completa com Deus e com os outros em Jesus Cristo? 

Há aqui uma diferença que é preciso sanar. Comungar não é algo que eu faço porque gosto ou que desejo. Implica uma comunhão com Cristo, significada na comunhão que tenho com os outros, e no caso do matrimónio cristão que o cônjuge tem com a sua esposa ou com o seu esposo. 

in rr.sapo.pt


blogger

Sem comentários: