domingo, 5 de fevereiro de 2012

Que tal andas de presença de Deus? - S. Josemaria Escrivá

Tenho muita pena sempre que sei que um católico – um filho de Deus que, pelo Baptismo, é chamado a ser outro Cristo – tranquiliza a consciência com uma simples piedade formalista, com uma religiosidade que o leva a rezar de vez em quando (só se acha que lhe convém!); a assistir à Santa Missa nos dias de preceito – e nem sequer em todos –, ao passo que se preocupa pontualmente por acalmar o estômago, com refeições a horas fixas; a ceder na fé, a trocá-la por um prato de lentilhas, desde que não renuncie à sua posição... E depois, com descaramento ou com espalhafato, utiliza a etiqueta de cristão para subir. Não! Não nos conformemos com as etiquetas: quero que sejam cristãos de corpo inteiro, íntegros; e, para o conseguirem, têm que procurar decididamente o alimento espiritual adequado.

Vocês sabem por experiência pessoal – e têm-me ouvido repetir com frequência, para evitar desânimos – que a vida interior consiste em começar e recomeçar todos os dias; e notam no vosso coração, como eu noto no meu, que precisamos de lutar continuamente. Terão observado no vosso exame – a mim acontece-me o mesmo: desculpem que faça referências a mim próprio, mas enquanto falo convosco vou pensando com Nosso Senhor nas necessidades da minha alma – que sofrem repetidamente pequenos reveses, que às vezes parecem descomunais, porque revelam uma evidente falta de amor, de entrega, de espírito de sacrifício, de delicadeza. Fomentem as ânsias de reparação, com uma contrição sincera, mas não percam a paz.

Agora insisto em que se deixem ajudar e guiar por um director de almas, a quem confiem todos os entusiasmos santos, os problemas diários que afectarem a vida interior, as derrotas que sofrerem e as vitórias. in Amigos de Deus, nn. 13–15


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2 comentários:

Anónimo disse...

E DEUS por onde anda? Com os mafiosos da curia? Com os abusadores de crianças que se dizem discipulos de Cristo? Com uma igreja católica que prega o desapego dos bens materiais e se enche com todo o ouro que pode? Que prega a humildade e se pavoneia com as riquezas que tira aos pobres de espírito?
Se O virem por aí digam-lhe que O procuro...mas não O encontro.
E pergunto-me se Ele existe mesmo!!

João Silveira disse...

Caro Anónimo,

Convido-o a esquecer a Igreja descrita pelos meios de comunicação social e a ir conhecer a Igreja real, que está ao serviço das pessoas, a começar pelas que não têm ninguém que as ajude.

Talvez aí O encontre.