domingo, 7 de agosto de 2011

Preservativo não é totalmente seguro contra as DST

A Dra. María del Rosario Laris, que dirige o site www.sexoseguro.mx, oferece nesta entrevista informação sobre a eficácia do preservativo na prevenção das doenças sexualmente transmissíveis (DST) – especialmente da SIDA – e da gravidez indesejada, em busca do “sexo seguro”.

O nome do seu site pode gerar curiosidade e até parecer ofensivo, pois trata-se do que os média argumentam sobre o tema do preservativo, não é assim?

María del Rosario Laris: Sim, certamente, mas trata-se de outra questão. Os estudos científicos que apresentamos no site indicam-nos claramente a verdadeira eficácia do preservativo para prevenir as DST. Por exemplo, no caso do HIV, as revisões internacionais outorgam-lhe uma média de 80% de eficiência com uso contínuo (ou seja, em 100% das relações sexuais), deixando uma janela de 20% de possibilidade de contágio, o que o aumenta notavelmente (até 50%) quando o uso do preservativo não se dá em 100% das relações sexuais.

Há outras DST para as quais o preservativo tem pouca eficácia de prevenção?

María del Rosario Laris: A eficiência do preservativo para as DST que se transmitem através do contacto com a pele, como o vírus da herpes, é de 30%, com uso contínuo; mas no caso do HPV, existem vários estudos, incluindo aqueles publicados no Boletim da Organização Mundial da Saúde, que indicam que não existem dados que demonstrem que a utilização do preservativo proteja realmente contra este vírus – e este facto pode desencadear o cancro do colo do útero nas mulheres do mundo inteiro.

Qual é a eficiência do preservativo como método para evitar uma gravidez indesejada?

María del Rosario Laris: O preservativo tem grandes possibilidades de falhar na tentativa de evitar a gravidez, com dados de 12 a 17%, e até de 50% no segundo ano de utilização.

Tão evidente assim? Os média dizem outra coisa, bem diferente...

María del Rosario Laris: De facto, a informação apresenta-nos uma realidade diferente da que é promovida pela indústria farmacêutica, dedicada à produção, distribuição e comercialização de preservativos no âmbito mundial, assim como governos e organizações que procuram unicamente fazer com que os adolescentes e jovens acreditem que, utilizando o preservativo, é possível viver responsavelmente a vida sexual – o que, a longo prazo, levou a um incremento das DST e das gravidezes nas adolescentes.

Em muitos países, como no México, diz-se que o preservativo é sinónimo de “sexo seguro” e já o elevaram quase a matéria formal nas instituições de ensino...

María del Rosario Laris: Estudos científicos demonstram que a exposição à educação no uso do preservativo não tem como consequência uma maior segurança nas práticas sexuais nem aumenta o seu uso no caso de condutas sexuais de risco, mas, ao contrário, criam ilusões sobre o mal-entendido “sexo seguro”, o que diminui a idade do início da vida sexual, aumenta o número de parceiros sexuais entre os jovens e tem como resultado directo um aumento no número das DST.

in Zenit


blogger

1 comentário:

Anónimo disse...

Mesmo não sendo 100% eficaz, o preservativo é imprescindível para evitar o contágio do vírus do HPV e a possível ativação do cancro do colo do útero. Também o tabaco (entre outros) aumenta o risco de infeção pelo vírus e no entanto não se fala dele!
O preservativo é dos métodos contracetivos mais seguros, impede a entrada de espermatozoides na vagina evitando uma gravidez, e evita que secreções sejam trocadas protegendo contra as DST. É claro que o preservativo é seguro quando bem usado. A questão é que ele é muito mal usado. Também está provado, que muitos outros fatores são mais influentes na altura da relação sexual do que a educação sexual fornecida. Portanto o risco não é sinónimo de desconhecimento. No entanto o preservativo continua a ser a mais valia nas relações sexuais a todos os níveis, não faz qq sentido. O preservativo possui uma boa percentagem de segurança, mas não é a prova de bala como é natural. A questão está que pessoas muito mais novas o usam, mas acima de tudo usam-no mal, uma grande percentagem deixa-o no bolso. Crenças estão tb na base desta questão: exp o homem não tira o preservativo do bolso porque a mulher fica a perceber que ele já estava a pensar em sexo antes do encontro. Ou a mulher não uso a preservativo porque o homem lhe pede para não o fazer. Ou a mulher não usa preservativo porque ele surge como um sinal de “menor amor” pelo parceiro etc… O preservativo não é responsável por uma educação sobre o uso do preservativo, com poucos efeitos práticos, porque a educação deve ser feita sobre crenças e comportamentos… o preservativo cabe-lhe a boa função se por norma desempenha quando bem usado.