quarta-feira, 10 de agosto de 2011

É recomendável comungar na boca e de joelhos – Cardeal Cañizares

Em entrevista concedida à agência ACI Prensa, o Prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos no Vaticano, Cardeal Antonio Cañizares Llovera, assinalou que é recomendável que os católicos comunguem na boca e de joelhos.

Assim indicou o Cardeal espanhol que serve na Santa Sé como máximo responsável, depois do Papa, pela liturgia e os sacramentos na Igreja Católica, ao responder se considerava recomendável que os fiéis comunguem ou não na mão.

A resposta do Cardeal foi breve e singela: "é recomendável que os fiéis comunguem na boca e de joelhos".

Do mesmo modo, ao responder à pergunta da ACI Prensa sobre o costume promovido pelo Papa Bento XVI de fazer que os fiéis que recebam dele a Eucaristia o façam na boca e de joelhos, o Cardeal Cañizares disse que isso se deve "ao sentido que deve ter a comunhão, que é de adoração, de reconhecimento de Deus".

"Trata-se simplesmente de saber que estamos diante de Deus mesmo e que Ele veio a nós e que nós não o merecemos", afirmou.

O Cardeal disse também que comungar desta forma "é o sinal de adoração que necessitamos recuperar. Eu acredito que seja necessário para toda a Igreja que a comunhão se faça de joelhos".

"De facto –acrescentou– se se comunga de pé, é preciso fazer genuflexão, ou fazer uma inclinação profunda, coisa que não se faz".

O Prefeito do Vaticano disse ademais que "se trivializarmos a comunhão, trivializamos tudo, e não podemos perder um momento tão importante como é o de comungar, como é o de reconhecer a presença real de Cristo ali presente, do Deus que é amor dos amores como cantamos em uma canção espanhola".

Ao ser consultado pela ACI Prensa sobre os abusos litúrgicos em que incorrem alguns atualmente, o Cardeal disse que é necessário "corrigi-los, sobre tudo mediante uma boa formação: formação dos seminaristas, formação dos sacerdotes, formação dos catequistas, formação de todos os fiéis cristãos".

Esta formação, explicou, deve fazer que "celebre-se bem, para que se celebre conforme às exigências e dignidade da celebração, conforme às normas da Igreja, que é a única maneira que temos de celebrar autenticamente a Eucaristia".

Finalmente o Cardeal Cañizares disse à agência ACI Prensa que nesta tarefa de formação para celebrar bem a liturgia e corrigir os abusos, "os bispos têm uma responsabilidade muito particular, e não podemos deixar de cumpri-la, porque tudo o que façamos para que a Eucaristia se celebre bem será fazer que na Eucaristia se participe bem".




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7 comentários:

joaquim disse...

Coloco aqui o comentário que fiz quando alguém das minhas relações, a quem muito prezo, me enviou esta noticia.



"Há coisas que eu não entendo.

Não foi a Santa Sé que permitiu aos Bispos, Conferências Episcopais, a possibilidade de autorizarem a Comunhão de pé e na mão?

Foi revogada essa "autorização"?

Ela não existe e foi apenas directiva das CEP em desalinho com a Santa Sé?

Se há "autorização" porquê estas afirmações que apenas lançam confusão e uma Igreja a falar a duas vozes?

Há abusos? Corrijam-se com medidas sérias e decisivas.

Exige-se procedimentos em relação à Comunhão na mão, que pode ser perfeitamente digna, (quanto a mim), mas depois qualquer jovem que tenha feito 10 anos de Catequese é automaticamente crismado.

Qualquer casal que se apresente ao Matrimónio, depois de fazer um curso "qualquer", acaba por receber o Sacramento, seja qual for a sua fé e a vivência da mesma.

Não entendo, eu que sou obediente à Igreja em tudo, mesmo naquilo com que talvez não concorde tanto, não entendo!"

Será que é o acto de se comungar de joelhos e na boca que torna mais digna a recepção da Comunhão ou torna automaticamente o acto de comungar num acto de adoração?

Porque se generalizam procedimentos errados para acabar com a Comunhão na mão.

Não contam as profanações, (tantas), que houve quando se recebia apenas a Comunhão de joelhos e na boca?

Este tipo de entrevistas para mim, ou são retiradas de contexto e apenas são conhecidos excertos das mesmas, ou então apenas lançam confusão e divisão.

Eu sei que não devia escrever isto aqui, mas custa-me muito ler e ver que algumas entrevistas não servem para, (a meu ver), para elucidar, mas para complicar.

Já o disse e repito:
Se a Igreja decidir que a Comunhão deve, apenas, ser dado de joelhos e na boca, obedeço e aceito de coração humilde e agradecido, mas até lá, porquê estas "opiniões" com carácter tão decisivo?

Perdoem-me, mas repito, não entendo.

Um abraço amigo em Cristo

Anónimo disse...

Numa hierarquia de prioridades, o importante é que o coração esteja puro. De pé, de joelhos ou até sentado, a posição exterior é totalmente secundária.

Anónimo disse...

Livrai-nos Senhor do fundamentalismo e dos fundamentalistas. Destroem tudo por onde passam. Dai-nos um coração puro e livre para amar.

João Silveira disse...

Caro Joaquim,

Obrigado pela sua reflexão. Parece-me que estas palavras, ainda a título pessoal, têm como objectivo preparar as pessoas para a “reforma da reforma”. Isto começou com o Papa João Paulo II. Lembro-me perfeitamente de quando institui o ano da Eucaristia, ter recomendado que fizessemos uma inclinação profunda, ou uma genuflexão antes de comungar, aliás como está no Missal. Quando comecei a fazer isso senti imensa vergonha, porque praticamente ninguém fazia, e eu podia ser visto como fundamentalista. Mas a pouco e pouco as pessoas começaram a ver o sentido disso e hoje em dia já imensa gente o faz.

O que o cardeal Cañizares disse foi a título pessoal, embora seja a opinião de uma pessoa com elevadas responsabilidades nestas matérias. A comunhão é válida de todas as maneiras que a Igreja permitir. No entanto a comunhão na mão começou por ser uma excepção, e hoje em dia tornou-se a regra. Ainda por cima espalhou-se o mito que na Igreja primitiva se comungava assim, o que é completa mentira: http://jesus-logos.blogspot.com/2011/08/la-comunion-en-la-mano-no-tiene-nada.html.

A Hóstia era colocada na mão que era levada à boca, não como hoje se faz, em que a pessoa dá a comunhão a si própria. Por várias boas razões, tudo indica que este indulto será retirado no futuro, o que será bom para todos.

Abraço em Cristo.

João Silveira disse...

Senhor/a Anónimo/a, diria antes: Livrai-nos, Senhor, do protestantismo, de nos recusarmos a seguir quem sabe mais do que nós, e do orgulho que nos impede de ajoelhar perante Vós.

Anónimo disse...

Em tempos idos eu comungava na boca, a dada altura comecei a comungar na mão, vi-me forçada a deixar de o fazer porque nunca me senti bem, por este motivo voltei a comungar pela boca. Hoje faço a genuflexão antes de comungar, porque li em mensagens de místicos atuais, e, inclusivé, em uma que já morreu (Marta Robin), que a comunhão é pela boca e de joelhos, senão, pelo menos, fazer uma genuflexão. Quando estamos a receber o Corpo de Cristo pela mão ungida do sacerdote, é Cristo que nos está a perdoar os pecados através do sacerdote (a explicação de Cristo pela boca de uma mística), consigo compreender perfeitamente sem pensar em fundamentalismos. Os joelhos por terra é a máxima adoração a um Senhor tão excelso!!! É o momento mais elevado de adoração: Sim Creio Senhor que sois Vós que estais na Hóstia! Mas ainda não é aceite por muitos....

Anónimo disse...

Para que não haja dúvidas, quando falei em perdão dos pecados, esclareço que são os veniais e as imperfeições, pois, os mortais (que matam a graça de Deus em nós) só através da confissão. E, Não obstante, devemos receber o sacramento da confissão com regularidade, crescxemos em humildade e no amor de Deus e ao próximo. Pecamos todos os dias.