segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Cá vamos nós outra vez (bom ano!)

A cadeia de livrarias FNAC, aparentemente, censurou a venda do livro “Casamento Homossexual Porque Não” de Pedro Vaz Patto e Gonçalo Portocarrero de Almada, editado pela Alêtheia.

A FNAC, ao não aceitar colocar o livro à venda nas suas livrarias, tomou uma posição ideológica sobre o tema, configurando um acto censório, inadmissível em democracia. Contactada a FNAC, foi-nos informado que o livro só estaria disponível sobre “encomenda especial”. Assim, sugerimos que seja enviado um e-mail de protesto para esta cadeia de livrarias: e-mail: fnac@fnac.pt


Exmos. Srs.

Tendo tomado conhecimento de que a FNAC teria recusado a disponibilidade para venda directa na sua cadeia de livrarias do livro recentemente publicado pela editora Alêtheia, da autoria de Pedro Vaz Patto e Gonçalo Portocarrero de Almada, intitulado “ Casamento Homossexual Porque Não”, tendo em conta que este é um tema do maior interesse e de aceso debate actualmente na sociedade portuguesa, venho por este meio perguntar a V. Exas.:

1)Numa altura em que foi entregue na Assembleia da República uma petição com mais de 90.000 assinaturas a requerer a realização de um referendo sobre o tema, não será o livro de interesse público e esclarecedor para muitos leitores formarem uma opinião?

2)Qual o motivo pelo qual a Fnac optou por não disponibilizar nas suas livrarias este livro, elucidativo sobre uma determinada posição ideológica?

3)Será que a Fnac pretendeu assumir alguma posição ideológica sobre o casamento homossexual, censurando a venda desta importante publicação nas suas livrarias, uma vez que nos foi informado que estaria apenas acessível sobre encomenda?

4)Será que a Fnac põe em causa a credibilidade e a seriedade da obra, sabendo o elevado nível dos curricula dos seus autores?

A Fnac ao recusar a venda de tão oportuna e esclarecedora obra, levanta a suspeita de ter exercido um acto de censura deplorável, inaceitável num país democrático como o nosso. Em face do exposto, venho por este meio solicitar a V. Exas. um melhor esclarecimento desta situação.

Com os melhores cumprimentos


blogger

6 comentários:

Anónimo disse...

Não sei se é assim tanta censura como parece.

A ver bem as coisas a Fnac vai vender o livro, é preciso é encomendar.

Além disso é um livro que não aparenta vender muito, mesmo que estivesse numa livraria como a Paulus, a Salesiana ou outra loja de artigos religiosos.

Senzhugo disse...

claro que é censura. as livrarias podem muito bem censurar quem entenderem, pois o mercado é livre. Era o que mais faltava ser obrigado a vender o que não quero.

O que se pede é que assumam aquilo que fazem.

Assumam que censuram e expliquem-nos qual o motivo. Não tem mal.

Além disso, tenho impressão que os autores deste livro são cronistas habituais na imprensa e fazem conferências com regularidade, o que, somado ao facto de ser um tema actual, tudo aponta para o sucesso de vendas deste livro.

Salvam-se as portuguesas Bulhosa e Bertrand?

Senzhugo disse...

ps - a Paulus e a Salesiana são livrarias de orientação católica, acho eu. Não me parece o local mais óbvio para a venda de um livro destes, embora nada obste.

João Silveira disse...

In http://oinimputavel.blogspot.com/


O nosso blogue alertou com indignação para o facto de aparentemente a FNAC ter recusado adquirir o livro "Casamento Homossexual Porque Não" de Pedro Vaz Patto e Gonçalo Portocarrero de Almada, editado pela Alêtheia.
Um grande número de leitores, muitos deles clientes da FNAC, enviou hoje e-mails de reacção e protesto para esta livraria, reclamando da alegada "censura" à venda do livro.

A editora Alêtheia confirma que a única encomenda até agora feita do mesmo livro pela FNAC foi formalizada hoje, 4 de Janeiro de 2010, após este nosso vigoroso protesto (e não no início de Dezembro como consta no comunicado de resposta ao nosso protesto, subscrito pelo seu Director de Marketing e Comunicação Institucional, Viriato Filipe, que já publicámos neste blogue na íntegra). Deste modo, face ao exposto e às informações prestadas pela Alêtheia, o dito comunicado da FNAC não respeitou a verdade dos factos, o que corrobora a tese da censura ou silenciamento.

Não estamos contra ninguém, e nada nos move contra a FNAC, bem pelo contrário visto tratar-se de uma livraria prestigiada. Precisamente por ser prestigiada, a FNAC tem de respeitar a liberdade de opinião de todos os utentes ou assumir sem tibiezas outras posições para que os mesmos possam eleger livremente a sua livraria.

Não há meias verdades.
Ficamos, no entanto, muito satisfeitos por poder vir a encontrar o mesmo livro, em breve, à venda nas lojas FNAC.

Senzhugo disse...

bom, afinal dou o braço a torcer, pois não se percebe o qu elevou a fnac a não encomendar o livro de início, pois parece que a indignação manifestada fê-la inverter a posição.

De todo o modo, para mim fnac continua a ser marca de ar condicionado.

João Silveira disse...

lol, o simbolo era um lince. Seria ibérico?